segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Cenário economico: vivendo um reality show?

INTRODUÇÃO

A realidade virtual onde nos inserimos, seja ela a comunidade, o ambiente acadêmico ou até mesmo o mundo intercontinental e interligado da Internet, nos mostra a necessidade de podermos modificar nossos preconceitos sobre a construção do conhecimento, da analise dos acontecimentos e da formalização de novas experiências econômicas.

O fato de termos a nossa frente o objetivo maior da construção de um país, nos mostra que a analise do passado econômico é o melhor caminho para podermos entender o que acontece hoje. O poder aquisitivo, o poder monetário, o poder legislativo e ainda mais poderoso ainda o poder popular podem modificar os cenários internacionais e ate mesmo o “modus operandi” da economia em uma variação diferente do que pode ser percebido pelas causas naturais.

Inseridos nesta condição, como não poder dizer que estamos em um reality show, onde quem nos comanda, ou melhor, comanda nossas ações é a economia?

Crescer com a crise ou manter-se no mercado após a crise? Um dilema que nos impulsiona ao questionamento do que seria melhor: arriscar um passo no escuro ou manter-se no caminha iluminado pela certeza do hoje?

2 QUE IMPLICAÇÃO OS INDICADORES APRESENTADOS TÊM NAS EMPRESAS?

Todo indicador econômico reflete de uma forma ímpar o que as empresas têm buscado entender com um olhar mais minucioso e analítico. Ao tomar conhecimento dos fatores que são indicados neste relatório, o administrador pode a seu critério utilizar-se de veículos com os quais poderá interferir na realidade encontrada de modo mais condizente com o que venha a ser preciso melhorar ou ate mesmo reduzir em questão de investimentos, ou pessoal.

Podemos ter duas interpretações dos indicadores econômicos e mesmo dos que falam da nossa experiência econômica historicamente falando. A primeira é a intenção de ter uma intelecção de que não podemos investir em nada sem termos conhecimentos a priori do que estamos vivenciando hoje. A segunda é a noção de mercado. Não podemos ser autoconfiantes a ponto de iniciarmos uma atividade sem conhecimento de mercado para tal, por isso, toda inovação mercadológica deve ser acompanhada de estudo detalhado da estrutura econômica de base para o crescimento querido para esta empresa.

Contudo, não basta estarmos “antenados” nos indicadores e índices econômicos. Precisamos ter um entendimento mais apropriado do valor de cada número que eles indicam. Para tanto, um administrador deve estar preparado para entender estes números de modo ainda mais completo, fazendo uso das suas qualidades administrativas atento e constante. Uma má interpretação dos números poderia gerar uma quebra na empresa e até mesmo a falência.

Se ao perceber que a inflação cai temos um impulso para a produção de bens não tão essenciais, uma repentina mudança na política fiscal poderia gerar um mal estar econômico forçando a empresa a mudar seu modo de produzir e gerar emprego e renda. A estratégia produtiva inclui a necessidade de compreensão dos valores agregados à produtividade e sua constância. O tempo sempre nos direciona rumo ao conhecimento estratégico e ao aperfeiçoamento no processo de interpretação destes valores, mas em contra partida exige de nós uma dedicação superior e mais conforme o tempo em que vivemos.

2.2 UMA EMPRESA EXPORTADORA, NO BRASIL, DEVERIA TOMAR QUE ATITUDES DIANTE DOS CENÁRIOS APRESENTADOS?

Sendo uma empresa exportadora, a necessidade de compreender o que tem acontecido na economia atual é ainda maior. Saber o que acontece no mundo e no Brasil é um pré-requisito para manter-se no mercado externo. Sabendo que a receita e as entradas monetárias da empresa vem de fundos diferentes, o administrador deve prever como será o desempenho de sua empresa no mercado externo tendo como base não somente o que acontece ad intra, mas também o que ocorre ad extra[1].

Sabendo que esta empresa encontra-se com uma boa fatia do mercado, com um bom “pé de meia”, o momento é favorável à aplicação de suas reservas e não ao consumo das mesmas em busca de uma expansão, melhoria ou aumento de funcionários. O que seria mais coerente com esta realidade, se podemos assim dizer, seria esperar de um modo muito mais ciente o que poderá ser o fruto desta crise atual.

A crise de 1929 mostrou que a economia esta atrelada a todos os movimentos humanos de comércio ou fabricação. Tudo o que se vende, deve de alguma forma ser produzido. Se não he um equilíbrio entre eles, a comercialização esta comprometida e com isso também comprometemos a geração de empregos e o pagamento assim de impostos.

Portanto, acreditar que a analise de indicadores econômicos pode ampliar nosso ângulo de visão com relação ao futuro de uma empresa é também perceber que sem a economia aplicada ao processo de produção, oferta e procura, não poderemos expandir ou manter uma exportação num momento como o atual. Tudo na nossa vida gira em torno da economia e por isso podemos e devemos observar o que esta acontecendo para não sermos pegos de surpresa e cairmos no conceito do mercado.

Assim, dialogar e procurar um ponto em comum para evitar demissões de funcionários quando a empregabilidade se vê ameaçada com a crise econômica, é um meio para poder intervir de modo positivo nesta realidade ímpar. Outra ação que pode ser tomada, gerando assim menos dificuldades no setor tanto de logística como de negociações, deve vir do governo com a redução e incentivo para incremento nas atividades tanto de geração de emprego como para manutenção de mercado.

Como nem tudo o que reluz é ouro, a economia pode sim pregar peças em nos consumidores e empresários. A variação de juros, a diferença entre moedas, a instabilidades das bolsas, tudo pode nos trazer maus presságios ao buscar construir uma marca, ou mantermo-nos no mercado.

2.3 QUE IMPLICAÇÃO PODE TER A REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC NO cOMPORTAMENTO DAS EMPRESAS E DOS CONSUMIDORES?

Numa perspectiva onde vemos a taxa SELIC no mesmo patamar de 2008, na faixa dos 12%, podemos entender o esforço do governo em evitar o crescimento da inflação, e por consequência dos outros juros (começando pelo IPI).

Acredito que todos os ramos da economia são efeitos de uma primeira interferência. Contudo, algumas alterações são contrárias ao que o mercado espera. Entendendo mercado como toda relação onde existe troca, tanto monetariamente como de serviços e porque não dizer de caridades.

É inevitável não pensar que a redução da taxa SELIC não possa trazer um impacto iminente em nossa vida, ou uma consequência para a economia nacional. A taxa SELIC faz o papel de regulador na nossa economia e, por assim dizer, coopera com o estado na árdua tarefa de manter a economia andando.

É ela quem conduz a política de juros em um banco onde emprestam tanto empresários como pessoas físicas; faz os rendimentos da caderneta de poupança render mais ou menos; juros de compras a longo prazo serem maiores ou menores.

2.4 O QUE PODEMOS CONCLUIR DA ECONOMIA BRASILEIRA, CONSIDERANDO OS ÍNDICES APRESENTADOS?

Quero iniciar esta seção com uma comparação entre a economia nacional e um jogo de reality show. Assim como na economia a estratégia esta presente de forma inigualável, num reality show os personagens componentes dele devem se preparar para provas, pessoas e atitudes antes não entendidas como próprias para sua vida naquele momento. São estratégias de combate e defesa que montam um parâmetro capaz de manter em alta o status, ou de destruir a sua repercussão no sistema em que se encontra inserido.

A economia, como já falamos antes, está em todas as atividades que realizamos, que primam por nosso bem estar e acima de tudo, regulando o que precisamos num ponto de vista mercadológico. Altos juros? Muitas taxas? Dividas publicas e privadas? Todas estas questões nos colocam dentro de um cenário onde somos impelidos a corroborar com o pagamento de propinas, de juros abusivos, de taxas invasivas e, porque não somos capazes de inserir novos objetivos na nossa economia atual? Discordamos muitas vezes da taxa SELIC, da falecida (?) CPMF, IOF e tantas outras com razão e objetivo de não querer ser um povo pouco parecido com o pior dos ladrões. Cremos que o “Hobin Hood” do povo está não surrupiando nossas economias, mas redistribuindo-as igualitariamente.

A economia em expansão no nosso pais busca cautelosamente aprimorar seu raio de visão empreendedorista e assim ampliar mercados, conseguir investidores e melhorar nossa colocação no ranking do sub-desenvolvimento sustentante dos países usuários (agora) dos bilhões que nos dignamos entregar. Um investimento num momento de crise? Uma tentativa de ampliação neste negócio de reconhecimento internacional? Quem sabe?

2.5 AMPLIAR OS NEGÓCIOS OU MANTER-SE CAUTELOSO?

Cautela. Uma simples palavra capaz de causar em nós um arrepio de insegurança quando nos referimos ao dinheiro que depositamos nas mãos da nossa mãe gentil. O governo espera de nossas empresas da mesma forma, ou ate mais, as empresas querem ter as mesmas expectativas do governo quanto a complementação da economia.

Visamos sempre e em tudo o lucro. Se não imediato, a curto prazo. Precisamos precisar o valor dos nossos investimentos em infra-estrutura e em construção de empresas e sua manutenção no mercado. Para mantermo-nos no mercado em um período onde verificamos com clareza a necessidade de investir em estradas, portos, aeroportos, devemos ter claro em nossos aspectos de raciocínio que todo investimento deve ser gerador de lucro. Se não imediato, a curto prazo.

Nosso capital deve ser mantido, e com uma capacidade operacional aceitável, devemos sim evoluir em modos de produção, em modelos de gestão e conscientização quanto a utilização de matérias primas. Isso porque a partir do momento em que podemos garantir que nosso produto, marca, e meio ambiente estão sendo preservados, teremos um outro aspecto perante nossos concorrentes, nossos funcionários e acionistas.

Um conceito que poderíamos utilizar frente aos índices apresentados seria o de que tudo na vida pode ser um aprendizado para o futuro. Errar é próprio ao ser humano. Não vai ser diferente com aspectos econômicos atuais que iremos perder esta característica de errantes na busca pela perfeita cooperação entre real e imaginário. Como no jogo de futebol, onde todos os diferentes fazem o time, na economia todos somos responsáveis pelo seu crescimento e manutenção.

3 CONCLUSÃO

O ser humano definitivamente não pode ficar sem seus pés firmes na economia, que move o mundo. Sentir-se parte e principal incentivador dela nos faz entender o que gira em busca do novo, do medo e do impensável. Toda a economia apresenta oportunidades para o governo iniciar novas medidas tanto para fomentar novas oportunidades de mercado como para reduzir perdas.

Queremos sim que a economia seja uma base para nossa vida, mas também precisamos compreender que a economia depende de vários fatores agregantes de valores. Pessoas, conhecimentos e “know how” são peças chaves para mantermos a economia como um sólido bloco onde construímos a vitória sobre no reality show da vida econômica

REFERÊNCIAS

Governo Federal Corrige cálculo de rentabilidade da poupança. Disponível em: <>. Acesso em: 12 abr. 2009.

Entenda como a taxa SELIC afeta a vida do consumidor. Disponível em:. Acesso em 13 abr. 2009.

SILBER, Simão Davi. Mudanças estruturais na economia brasileira (1988-

2002): abertura, estabilização e crescimento. Disponível

em:<http://www.usp.br/prolam/simao.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2009.



[1] Ad intra, ou internamente, como a economia é vista internamente na empresa e no país. Ad extra, ou externamente, como a economia é vista pelos concorrentes, governo, países compradores do produto desta empresa e demais clientes.

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