1 INTRODUÇÃO
Liderar e ser liderado na proporção em que nossa sociedade nos pede pode parecer impossível ou mesmo uma atitude aquém das expectativas produtivas e da capacidade operacional das empresas; desde seus gerentes até operários. Não podemos estar fora de um contexto que nos conduza à geração livre de pensamentos normativos dentro do contexto da liderança, e da reintegração do pensamento humano de que quanto mais poder, mais nós podemos.
“Yes, We can” (Sim, nós podemos!) Este slogan do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nos comove e envolve dentro da temática da construção motivacional da liderança, símbolo de um governo que pode sim ser tanto destruidor como construtor de oportunidades e lideranças.
Descobertas sobre liderança? Constatações sobre o que o ser humano, que se envolve na sociedade, pensa sobre ser líder? Ou podemos afirmar que as descobertas são apenas pressupostos de como os líderes atuais devem nortear seu modo de agir, para não estagnar perante as constantes mudanças da sociedade e da cultura organizacional atual?
2 DESENVOLVIMENTO
Ao desvendarmos o poder de liderança de que somos capazes, nos defrontamos com a perspectiva de que somos impulsionados a investir no potencial influenciador e motivacional intrínseco a cada ser humano. O líder, por definição, é a pessoa que motiva seus companheiros a buscarem o mesmo ideal compartilhando dos mesmos benefícios e privilégios provenientes do resultado deste objetivo.
Contudo, não nascemos líderes. Da mesma forma que Darwin define que o ser humano não nasce humano, mas o processo de humanização acontece a partir do momento em que ele se envolve e convive com outros seres humanos, o líder não pode ser formado a partir do primeiro contato em que se reconhece com a necessidade de organização de pessoas e seu aprimoramento produtivo e cognitivo. Todo líder nasce a partir do momento em que se percebe parte integrante de uma realidade que indica e indaga pela capacitação de um para ser a fonte de razões que ajudem outrem a convergir direcionando-os para um ponto em comum.
Ser líder atualmente requer que todos os que se empenham nesta jornada, que sejam capacitados e competentes ao ponto de não caminharem sozinhos. Um verdadeiro líder não caminha só. O líder ajuda a fazer o caminho e a percorrer com segurança o rumo da realização, inter-pessoal e plenamente pertinente a cada um, que compõe o grupo liderado.
Buscar pela liderança de um outro ser humano é comparável ao movimento dos cardumes no oceano. Se um peixe neste cardume não consegue seguir o ritmo das marés ou mesmo do grupo, o líder fará o possível para evitar que este se perca do grupo. Outro ponto essencial na liderança é a confiança que o líder deve ter em sim mesmo e na equipe que compõe seu grupo. Por definição, sabemos que no momento em que nos tornamos seres “humanizados”, conseguimos um aprimoramento ímpar em relação aos outros animais: Nos relacionamos e nos educamos em estruturas pensadas e balizadas pela ética que herdamos de nossos ancestrais.
Pensando nisso, liderar não parece ser algo que pode ser aprimorado ao primeiro confronto com a realidade a ser trabalhada com aspectos liderantes. Um dos grandes erros ao se firmar como um líder é, na verdade, a falta de capacidade de aceitação do outro como um ser que pensa, sente e produz, de formas diferentes ao que se estipula por parâmetros produtivos em uma companhia. O líder deve ser o ser humano capaz de identificar, mas sem se deixar influenciar pelo que outros podem querer para si como um objetivo próprio, mas não comum. Para isso, o líder deve ser designado, preparado e colocado em um aspecto referente ao posto em que será exercida a liderança.
No entanto, líderes com capacidades motivacionais não devem ser esquecidos ou apenas colocados a prova como um instrumento influenciador de opiniões ou de produtividade sem responsabilidade. Visando a ética impulsionadora de novos horizontes, o líder deve ser visto não como um parâmetro para o alcance de metas ou como um alicerce onde se construirão os sucessos do grupo, mas como um sinalizador de como a influencia pessoal parte da motivação de outras pessoas. Parafraseando Margaret Tatcher, o líder somente é líder quando não precisa ser lembrado que é.
Estudos comprovam que grande parte das pessoas, líderes de hoje, se prepararam para esta posição (HSM Management, julho-agosto 2006). A preparação de um líder não pode ser baseada apenas em compreender a auto sugestão, ou a auto aceitação como premissa para um liderar eficiente. Todo ser humano deve ser construído com bases sólidas e fortificado pelas experiências do cotidiano. A fim de se tornar um grande líder, o ser humano busca princípios éticos capazes de suprir esta necessidade constante de aprimoramento e construção liderativa de sua própria existência.
Por isso, definir como descobertas as características pertinentes ao líder, seria como a criação de pressupostos para o surgimento de novos lideres norteados pela experiência de outros do passado. Cremos que todo ser humano tem capacidades especiais, únicas e particulares, independente de sua localização na sociedade. Apenas pela sua interação com o ambiente local , o ser humano realiza sua liderança buscando satisfazer e garantir suas necessidades e as necessidades de seus coabitantes.
Descobertas no amplo campo da liderança nos mostram que a cada dia estamos mais próximos de encontrarmos meios mais eficazes na orientação de pessoas que buscam a sabedoria de liderar, mas sem os erros ou as lembranças do passado, gerando assim menos erros no liderar atual e futuro.
Grande parte da literatura a respeito de liderança representa uma tentativa ade estudar o líder como uma entidade dotada de caracteristicas peculiares, ocupando passivamente uma posição de “status” em relação a outros indivíduos que não estão claramente relacionados com ele. (…) O líder surge como uma consequencia das necessidades de um grupo de pessoas e da natureza da situação dentro da qual este grupo esta tentando operar. (KNICKERBOCKER, p. 137-138).
Por isso, a importância que se deve dar a experiencia pessoal não pode ficar fora do contexto de conscientização sobre a liderança nas empresas e nas pessoas. Empresas bem lideradas são empresas que buscam sempre a melhoria das qualidades de seus líderes. Assim estruturada, com pessoas que buscam interesses integradores da vontade pessoal e da comum, buscarão metas orientadoras para um beneficio tanto individual como de conjunto.
Ser líder é descobrir a partir de si motivos que levam os demais para um caminho de realização de seus objetivos.
3 CONCLUSÃO
As descobertas em todos os ramos da ciência trazem em si a marca da duvida, da controvérsia, da insegurança. Ao nos descobrirmos lideres, nos deparamos com a necessidade intensa de mudança e aprimoramento tanto pessoal como grupal. Mudar nos torna melhores, mais sábios e versáteis. Cada líder gerado em uma perspectiva de mudança pode, com o tempo utilizado para seu aperfeiçoamento, desenvolver habilidades que antes supunha não possuir.
Ninguém pode viver em uma redoma de vidro sem sofrer consequências do que julga ser o melhor. Tudo na nossa escolha de vida tem um impacto que não imaginamos no momento em que vivemos, mas num futuro. Escolher ser líder é como escolher entre um futuro e uma revisão do passado. Queremos sempre evoluir e desenvolver, descobrir e experimentar. O pensamento que define o individuo como parte do meio em que vive e atua nos mostra que não podemos esta fora do meio social em que estamos inseridos, mas não nos proíbe de querermos mais, de irmos além das nossas próprias barreiras.
Descobrirmo-nos líderes, é a identificação pessoal com alguns pressupostos que desvendamos ao interagirmos com a sociedade. É o verdadeiro salário para aquele que busca o melhor a partir do melhor que tem em si.
REFERÊNCIAS
BERNTHAL, Paul R. WELLINGS, Richard S. 31 Descobertas sobre Liderança. HSM Management 57 julho-agosto 2006. Disponível em <http://www.saocamilo-ba.br/clipping/3.pdf>. Acesso em:15 de mar. 2009
KNICKERBOCKER, Irving. Liderança: uma conceituação e algumas implicações.
RAE, v. 1, n. 2, p. 137-161. abr./ jun. 1961. Disponível em:
<http://www.rae.com.br/rae/index.cfm?FuseAction=Artigo&ID=2406&Secao=ARTI
GOS&Volume=1&Numero=2&Ano=1961>. Acesso em: 22 de mar. 2009.
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